literatura Portuguesa

600 palavras 3 páginas
Este ensaio apresenta a análise do poema “Nunca fui como todos” da poetiza portuguesa Florbela Espanca de forma a detectar sua melancolia. Florbela Espanca morreu no seu aniversário de 36 anos não resistindo a mais uma tentativa de suicídio. Casou-se algumas vezes e mesmo que supostamente tenha amado tanto em suas poesias fica claro a profunda tristeza em que sentia no seu interior. Espanca não se enquadra a nenhum movimento literário especial, entretanto teve como inspiração Júlio Dantas, Guerra Junqueiro, Antero de Figueiredo, José Duro e, sobretudo, António Nobre. Foi nesse universo artístico que Florbela encontrou elementos para definir a sua linguagem. Contudo pode-se destacar várias tendências do lirismo do século passado como também o Neo-romantismo, Pessimismo, Simbolismo-decadentismo.
O seguinte poema apresenta linguagem clara e atual, desse modo não houve grandes problemas na compreensão da leitura.
Logo nos primeiros versos da poesia o leitor pode sentir a verdade das palavras de quem sente, ou ao menos tem completo conhecimento de um tema que apesar de muito comum na literatura poética, torna-se ímpar na mente ou na alma perdida de um poeta. A melancolia presente em “Nunca fui como todos” justifica a ideia de que poetas se inspiram na própria vida, ou então sempre tentando fugir dela.

“Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento não vivo sozinha porque gosto e sim porque aprendi a ser só…”

O poema “Nunca fui como todos”, de Florbela Espanca, é composto por uma única estrofe com 11 versos hexassílabo. Pode ser classificado como um poema lírico de nome Elegia, pois o emissor expressa angústia, desejo de morte, decepção e é por inteiro um poema melancólico. Nele há a predominância de pronomes e verbos na primeira pessoa do singular, como em “Nunca

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