literatura infantil
Maria José Palo
Maria da Rosa Duarte Oliveira
Aspectos a serem observados/debatidos: Capítulo I
A literatura e o literário infantil
Principais pontos a serem considerados:
Desde os primórdios, a literatura infantil surge como uma forma literária menor, atrelada à função utilitário-pedagógica que a faz ser mais pedagogia do que literatura, conforme veremos no esquema apresentado no final da página.
Obras de literatura infantil de qualidade devem estar em sintonia com o pensamento infantil, com o pulsar pelas vias do imaginário. E é justamente nisso que os projetos mais arrojados de literatura infantil investem, apresentando o texto com qualidade artística e oferecendo os melhores produtos possíveis ao público infantil, que vai realizar uma leitura múltipla e diversificada. Leitura que segue trilhas, lança hipóteses, experimenta, duvida, num exercício contínuo de experimentação e descoberta. Como a vida!
A literatura infantil de qualidade investe na inteligência e na sensibilidade da criança, possibilitando a ela tornar-se sujeito de sua própria aprendizagem e capaz de aprender do e com o texto. Educação simultânea: ambos são modificados no momento da leitura.
No contexto da literatura infantil a criança sofre influência (negativa) de vários ângulos:
a) Muitas obras são concebidas de modo que a relação com a criança se estabeleça de maneira pedagógica (ou seja, o livro pretende mandar, ensinar, orientar o leitor, não deixando possibilidades de escolha ou interpretação). As autoras (e muitos outros autores), usam a expressão “pedagógica” para exprimir o fato de que, nesta função, o livro se torna veículo para ensinamentos diversos, exteriores à literatura;
b) Os mediadores entre a criança e o livro (família, escola, biblioteca) controlam o uso das obras, inclusive daquelas concebidas com qualidade, encaminhando um único olhar, uma única forma de perceber o texto no momento da leitura;
c) O