listeriose
Alimentos intensamente manipulados são freqüentemente responsáveis pela veiculação de enfermidades transmitidas por alimentos. Listeria monocytogenes é uma bactéria patogênica que se tornou um grande desafio para as indústrias de alimentos, amplamente disseminada na natureza sendo encontrada no solo, silagem, montes de esterco, pasto, fardos úmidos de feno, locais de processamento de alimentos, carnes cruas, fezes de animais e seres humanos (GERMANO et al.2008).
Um importante aspecto a ser considerado nas indústrias de alimentos é o fato de existirem cepas de L. monocytogenes persistentes, as quais são capazes de permanecer meses, ou até anos, no ambiente de processamento, podendo assim provocar contaminações recorrentes no produto final. A dificuldade em eliminar esse microrganismo das indústrias é potencializada pelas condições de umidade, temperatura e presença de matéria orgânica nas plantas de processamento, que aliadas à habilidade do patógeno em produzir biofilmes, podem desencadear a colonização de superfícies de equipamentos e utensílios.
L. monocytogenes é o agente etiológico da listeriose, uma infecção grave, veiculada principalmente por alimentos, que ocasiona encefalites, septicemias, meningites e abortos. Pertence ao gênero Listeria, composto por seis espécies que se apresentam amplamente distribuídas no ambiente devido às suas características fisiológicas peculiares, que as capacitam a sobreviver e a se multiplicar sob condições adversas a muitos outros microrganismos (NALÉRIO et al.2007).
Apesar de ser isolada em diversos países, inclusive o Brasil, a listeriose atualmente é um problema nos países desenvolvidos e de climas frios, ao qual a doença ocorre com maior freqüência (GERMANO et al.2008).
L. monocytogenes é a principal espécie de Listeria envolvida em doenças em humanos, entretanto, as outras espécies são importantes por apresentarem ecologia semelhante à deste patógeno, podendo ser consideradas indicadoras de sua