Lipideos
AVRELLA JÚNIOR, Claudio Daniel1; SCHNEIDER, Antônio Ernesto Silveira2; ARALDI, Daniele Furian3. Palavras-Chave: Ruminantes. Lipídios. Dieta.
Introdução A adição de lipídios na ração de vacas lactantes tem recebido atenção nos últimos anos, principalmente devido ao aumento da produção de leite a consequente necessidade de se aumentar o nível de energia das dietas. O aumento do nível de energia com uso de lipídios é especialmente importante na fase inicial da lactação, em que o consumo de alimentos é limitado pelo stress pósparto, evitando, assim, a perda de peso, o balanço energético negativo e, consequentemente, a redução da produção total de leite na lactação e a baixa eficiência reprodutiva (BUTLER; CANFIELD, 1989; NRC, 1989). A gordura inerte é fonte de ácidos graxos insaturados que determina sua maior digestibilidade e, portanto, seu maior valor energético. Por ser envolvida por uma camada de proteína que age como uma capa protetora, esta se mantém relativamente inerte no rúmen em níveis normais de pH. Sua dissociação completa ocorre apenas nas condições ácidas do abomaso, o que aumenta a densidade energética da dieta sem afetar a utilização da forragem. A utilização desta nova fonte alternativa de energia vem aumentando e trazendo bons resultados aos produtores, melhorando características reprodutivas e produtivas (FERREIRA, et al., 2009). Para suprir as necessidades energéticas e garantir o desempenho produtivo é necessário assegurar uma adequada ingestão de energia, sendo uma das alternativas a adição de gordura na dieta, já que segundo Vargas et al. (2002), a gordura tem 2,25 vezes mais conteúdo energético que os carboidratos. Sabe-se que na alimentação animal são admitidos níveis máximos de 6% de energia sobre a matéria seca da dieta, visto que, acima deste valor, a degradação ruminal é afetada. As consequências negativas dessa alteração, conforme é demonstrado por Medeiros (2007) é devido