Lipídeos
Não possuem definição quanto à estrutura molecular, sendo determinados de acordo com a sua função biológica, de forma que aquela que possui maior importância é o armazenamento (estoque indefinido de calorias; não há um limite), seguido da sua função estrutural (principalmente na composição de membranas, formando a bicamada lipídica) e, posteriormente, pode servir como pigmentos (betacaroteno, na cenoura), co-fatores enzimáticos (NAD, FAD), sinalizadores intracelulares (fosfatidilserina; marcador de morte celular), hormônios (esteróides, progesterona, testosterona, cortisol) e âncoras hidrofóbicas (ancoram uma proteína à membrana). Assim, devido à sua ausência de definição, é dito um lipídeo tudo aquilo que a célula produz que é muito pouco solúvel em água, possuindo, dessa forma, característica fortemente hidrofóbica e apolar; quanto maior a quantidade de hidrocarbonetos, menor a solubilidade e maior o ponto de fusão (diminui a volatilidade). *Ácido capróico (encontrado nas cabras) possui cadeia hidrocarbônica muito pequena, sendo altamente volátil. Lipídeos de armazenamento: Óleos (em plantas), gorduras (em animais) e ceras (casca das frutas e colmeia; forte repelente de água). Todos são derivados de ácidos graxos: ácidos carboxílicos com cadeias hidrocarbônicas com comprimento variável, podendo ter de 4 a 36 carbonos.
As propriedades dos lipídeos de armazenamento são dependentes do comprimento da cadeia hidrocarbônica e do grau de instauração: a instauração na cadeia causa uma torção em sua estrutura, fazendo com que não seja bem empacotado (abaixa o ponto de fusão e torna-o, por isso, líquido em temperatura ambiente, destacando-se os óleos); já quando saturado, seu ponto de fusão aumenta e é possível identificar tal lipídeo como sólido em temperatura ambiente. No entanto, de acordo com o tipo de instauração que ele possui, deve-se destacar que todos os ácidos graxos naturais apresentam configuração cis, de forma que aqueles que são de