linha tênue
O filme produzido por Marcelo Masagão, estudou psicologia na Universidade Católica, mas não chegou a completar o curso. Foi premiado no Festival de Gramado em 2000 por sua montagem e no Festival do Recife como melhor filme, melhor roteiro e melhor montagem. Suas autorias inclui Otávio e as letras, 1,99, um supermercado que vende palavras, Nem gravata, nem honra, entre outros.
Retratando o seculo XX através de historias vividas por anônimos e famosos, o filme/documentário Nós que aqui estamos por vos esperamos, mostra diversas imagens de arquivos, estratos de documentários, fazendo uma retrospectiva dos principais acontecimentos do seculo passado.
O título faz uma referencia a um letreiro do cemitério de Paraibuna, no interior de São Paulo. Mostra o quão é tênue linha entre a vida e a morte, e o que vale mesmo são os feitos nela vividas. Marcelo resume sua obra com a frase: “O historiador é o rei. Freud, a rainha. Pequenas histórias. Grandes personagens do breve século XX.
No primeiro momento ele faz uma breve resumo da historia. Com frases “ o balé já não era mais clássico” e “a cidade não cheirava mais a cavalo” ilustram o cenário da época. Junto a isso cenas como: o metro, telefone, a mulher no mercado de trabalho, maquina fotográfica, a industrialização e suas as grandes soluções do seculo passado. Procurando sempre ser humanista, Masagão mostra o sentimento do ser humano sempre a frente dos acontecimentos.
Historias de pessoas anonimas associando sempre a fatos marcantes. Alex Anderson, trabalhava na empresa Ford, produziu junto a seus companheiros de trabalho milhares deles, mas nunca teve seu. Morreu de gripe espanhola. Retratando assim a industrialização. Outros acontecimentos são apresentados como a queda do muro de Berlim, a Revolução cultural na China, a exploração na Serra Pelada no Pará, a grande depressão de 29. Todos esses momentos fazem parte do desemprego, da fome, da perda de dignidade, que impactaram em todas as vidas.