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SEMANA 15 – Negros no Brasil

Com base no que vimos nos textos apresentados, pude perceber que o racismo surge no Brasil ainda no período da escravidão. Mas a permanência dele até os dias de hoje, não se dá apenas por esse início, mas sim pela sua estruturação ao longo dos anos, posteriores inclusive a abolição.
Antes mesmo de falarmos em políticas de cotas, por exemplo, e de métodos voltados para a diminuição desta disparidade, é preciso ressaltarmos que a visão do governo brasileiro, era de que o embranquecimento da população brasileira resultaria num crescimento econômico e industrial.
Com isso, o governo da época incentivava e fortalecia a imigração européia, desde que, obviamente não fossem de cor negra.
O projeto de um país moderno era associado ao projeto de uma nação progressivamente mais branca. E a entrada de imigrantes europeus, contribuiria para a miscigenação e consequentemente diminuiria a população negra.
A conscientização de que se precisava de uma política voltada para assegurar a igualdade de raças no Brasil demorou a ocorrer.
Ainda nos anos 70, o governo brasileiro não admitia que necessitasse destas medidas, pois entendia que as desigualdades raciais eram apenas confundidas pelas desigualdades econômicas encontradas no país.
O que de certa forma não pode ser desconsiderada, uma vez que a grande maioria da população pobre é de origem negra.
Mas aí vem a pergunta: Será que estas pessoas não são pobres, por não possuírem acesso a melhores oportunidades?
Afinal de contas, a cor como critério de seleção ainda acontece nos dias de hoje.
Aquelas profissões voltadas ao atendimento direto ao publico estão praticamente dominadas pelos brancos. Restando aos negros, as profissões cujo exercício seja mais braçal.
Somente no final dos anos 80, com a elaboração da Constituição Federal, esta visão começou a modificar. Ainda que vagarosamente, a população em geral começou a participar ativamente das decisões públicas, e passou a ter acesso aos