linguistica
CONVENCIONALIDADE: A razão do uso de determinada palavra se deve ao facto de que a mesma já vem sendo utilizada na comunidade à qual o falante pertence (imposta pelo grupo que compartilha o mesmo código).
Quando se fala arbitrariedade absoluta diz-se total falta de motivação e, quando se diz arbitrariedade relativa, diz-se, também, motivação relativa ou, considera-se ter havido aí alguma ligação motivada entre significado e significante.
Os sinais de carácter natural são aqueles que nos servem de indícios dos fenómenos naturais, como, por exemplo, a fumaça, que nos indica a presença do fogo, ou o trovão, que nos aponta para a possibilidade de chuva.
Os sinais de carácter convencional são aqueles que a sociedade estabeleceu, concordou, a partir de algum momento, que seria o que melhor representaria, dentro daquela realidade de fala, uma ideia tal.
O ícone, o símbolo e o signo são esses sinais criados dentro da colectividade de fala.
Por ser totalmente imagístico, o ícone é totalmente motivado, isto porque só se faz uma imagem a partir de um dado elemento. A foto de Maria deve consistir na impressão da imagem de Maria. O mesmo ocorre com a estatueta de um pássaro, ela deve consistir num conjunto de características inerentes àquele pássaro que pretende representar. O ícone deve impressionar os sentidos de forma tal que não permita confusão alguma no momento de identificá-lo e saber o que ele representa. Ele é motivado por aquilo que representa.
O símbolo é menos motivado, isto porque não tem que representar uma ideia exclusiva, mas uma ideia genérica. Dessa forma, uma pomba branca pode trazer a ideia de paz, seja lá o que for que a paz signifique para quem a percebe.