A fonoaudiologia como ciência que prioriza a comunicação humana, possibilita a intervenção quando encontramos alguns problemas comunicativos. Essa intervenção quanto mais precoce permite ao cidadão a sua inserção na sociedade, no seu convívio, possibilitando que o mesmo tenha uma vida saudável graças à intervenção fonoaudiológica. Um dos campos de atuação encontra-se em crianças com deficiências visuais. O ser humano é integrado pelos sentidos, tal integração ocorre principalmente por meio da visão e da audição. Pela audição e pela visão temos um feedback daquilo que ocorre no meio ambiente. Em crianças com problemas de visão, seja cegueira ou baixa visão. A interação com o meio ambiente, aquilo que a criança vê, é processado pelo seu cérebro como alguma informação. Aquilo que nos vemos mostra quem nos somos diante do espelho, quem é o próximo que esta a nossa frente, quem é o pássaro que canta, como são as estruturas dos objetos. São perguntas que fazemos e que pela visão conseguimos encontrar algumas respostas como a forma, a textura, dimensão entre outros. O trabalho da fonoaudiologia com crianças cegas ou de baixa visão, baseia-se na produção da linguagem, seu aperfeiçoamento, integrando a informação de outros canais sensoriais, que de alguma forma exercem o papel da visão. Além disso, o fonoaudiólogo juntamente com a família é o responsável por criar medidas que facilitem a percepção de mundo da criança, integrando a audição, propriocepção, tato, para ser a visão que se encontra ausente. A multidisciplinaridade encontra-se presente na intervenção dessas crianças, como psicólogos, fisioterapeutas, psicopedagogos, que criam estratégias precoces de intervenção que possibilitem que tais crianças tenham uma vida normal dentro das suas limitações. A integração na sociedade, como a independência e a autossuficiência são os principais objetivos na intervenção terapêutica. A família é o principal estimulador e facilitador para a criança, a perseverança e a