Linguistica - a lingua de eulália
todas as variedades de uma língua têm recursos linguísticos suficientes para desempenhar sua função de veículo de comunicação, de expressão e de interação entre seres humanos
O livro busca sempre comparar o português padrão com o não-padrão para provar que há mais semelhanças que diferenças entre eles. Neste contexto discute que os falantes da norma não-padrão tem dificuldade de aprender a norma padrão, primeiramente porque o primeiro é transmitido naturalmente, já o segundo requer aprendizado e, como na maioria das vezes, essas pessoas pertencem à classe baixa, abandonam a escola cedo para trabalhar ou desistem de estudar por serem discriminadas linguisticamente, dessa forma o problema acaba adquirindo grandes proporções. Esses preconceitos fazem com que a criança que chega à escola falando PNP seja considerada uma “deficiente” linguística, quando na verdade ela simplesmente fala uma língua diferente daquela que é ensinada na escola. Por outro lado, cria no professor a sensação de estar tentando ensinar alguma coisa a alguém que nunca terá condições de aprender. Daí resulta que o aluno fica desestimulado a aprender, e o professor, desestimulado a ensinar. Todo professor é professor de língua. A escola não reconhece a existência de uma multiplicidade de variedades de português e tenta impor a norma-padrão sem procurar saber em que medida ela é na prática uma “língua estrangeira” para muitos alunos, senão para todos. rotacização que é a troca de L por R nos encontros consonantais, este pode ser explicado através da origem das palavras no latim que recebiam R, mas com o passar do tempo essas palavras sofreram modificações, porém alguns falantes não tiveram ciência disso e assim estão preservando os traços do português arcaico;
yeísmo que é a troca de LH por I, essas mudanças ocorreram devido a ser mais cômodo pronunciar I do que LH;
simplificação das conjunções verbais, por exemplo, eles gosta, nós gosta, vocês gosta;