Linguistica gerativa
1. A Lingüística Gerativa (de acordo com Lobato: 1986)
Os estudos lingüísticos gerativos surgem em 1957 com Syntatic Structures, de Noam Chomsky; a teoria, de cunho formalista, apresenta-se como alternativa ao estruturalismo, de Saussure, e também ao descritivismo do norte-americano Leonard Bloomfield. Para Lobato (92/ 93), o gerativismo constitui uma tentativa de formalização dos fatos lingüísticos, isto é, de tratamento matemático - preciso e explícito - das propriedades das línguas (...). Para que uma gramática seja gerativa é preciso que traduza o aspecto criativo da linguagem por meio de regras e processos explícitos, precisos e de aplicação automática,
por isso a noção de gerativismo está relacionada à noção de criatividade, que será explorada mais adiante. Chomsky apresenta primeiramente a noção de gramática transformacional, que desenvolve-se a partir da noção de transformação. Esse modelo gramatical foi proposto por Chomsky justamente em Estruturas Sintáticas (1957), como dispositivo capaz de gerar sentenças derivadas por meio de regras de transformação, por isso torna-se ponto fundamental na perspectiva de gramática gerativa. O mais importante a salientar, sem entrar em detalhes relativos às versões de 57 e de Aspects of the Theory of Syntax (1965), é que para Chomsky uma transformação é uma regra formal (Lobato: 95). O gerativismo de Chomsky apresenta diferentes versões, que se iniciam com a chamada Teoria Padrão (modelo standard ou clássico), aquela que apresenta pela primeira vez os princípios de transformação e de geração de novas estruturas a partir de um número determinado de regras; o modelo da Semântica Gerativa; o clássico estendido ou Teoria da Regência e Ligação, e também o minimalismo, mais atual e por isso menos conhecido e explorado.