a linguística como ciência
1. A LINGUÍSTICA COMO CIÊNCIA DA LINGUAGEM
O ser humano é curioso e busca explicações para tudo. Pensar em linguagem é complexo, pois envolve subjetividade. Sabemos que há diferentes tipos de linguagem, daí o motivo de tantas linhas de pesquisa em relação à linguagem. Pode-se até pensar que linguística hoje deveria ser rotulada como “Estudos de Linguagem”, já que há um vasto campo de teorias que discorrem sobre o mesmo tema. A linguística passou a ser definida como ciência a partir do Curso de Linguística Geral de Ferdinand Saussure, que estabeleceu a língua como seu objeto de estudo. A linguística da primeira metade do século XX utiliza o método indutivo: coleta de corpus, seleção, manipulação e classificação dos dados. Nessa concepção a ciência linguística situa-se dentro dos limites cobertos pela semiologia que consiste no “estudo da vida dos signos dentro da sociedade” e abarca todos os sistemas de signos instituídos, como sinais de trânsito, código de surdos-mudos, etc. Na segunda metade do século XX, Chomsky passou a utilizar na ciência linguística o método hipotético-dedutivo, subordinando-o a psicologia cognitiva. Por haver amplas possibilidades de interseção entre a linguística e outras ciências humanas, como a psicologia, a sociologia e outras, logo apareceram ciências que se propõem a dar conta de fenômenos sociais, psicológicos, culturais etc, ligados às línguas: psicolinguística, sociolinguística, etnolinguística, estilística etc. Dentre os modelos linguísticos nas ciências cognitivas o mais influente é o gerativismo, que também pode ser chamado de linguística gerativa, gramática gerativa, teoria gerativa, ou ainda, como era chamado antigamente, gramática gerativo-transformacional. O gerativismo é uma corrente de estudos da ciência da linguagem que teve início nos Estados Unidos, no final da década de 50, a partir dos trabalhos do