Linguistica aplicada
Tiago Soares Correia
RESUMO: O uso de teorias da Linguística pela Linguística Aplicada para o ensino de Língua Estrangeira tem fomentado a dúvida de caráter epistemológico de muitos especialistas que estão trabalhando no momento no ramo da LA, será que essas teorias da Linguística dão conta de propor métodos para os problemas de ensino/aprendizagem de línguas dentro do âmbito escolar? Segundo Moita Lopes a resposta seria, não! “Uma teoria lingüística pode oferecer uma descrição mais acurada de um aspecto lingüístico do que outra, mas ser completamente ineficiente do ponto de vista do processo de ensinar/aprender línguas” (MOITA LOPES, 2008, p18). Durante todo o sub-tema o autor coloca em questão o porque da Linguística Aplicada “normal” geralmente se basear em teorias da Linguística, tendo-a como disciplina-mãe, já que a Linguística serviria apenas para fornecer uma descrição precisa de certos aspectos lingüísticos, mas não adentraria no processo na qual a LA se interessa, que seria o ensino/aprendizagem de LE. Moita Lopes coloca em pauta que é preciso pensar a interdisciplinaridade e suas devidas teorias e o que as mesmas tem a dizer sobre a linguagem, mas sempre levando em conta o mundo contemporâneo e suas mudanças, através do questionamento das tradições, compreendendo a necessidade de reinvenção, buscando alternativas para pesquisa dentro dos contextos sociais em que vivemos, chegando assim, no que conhecemos por Linguística Indisciplinar.
PALAVRAS-CHAVE: LINGUÍSTICA APLICADA, INTERDISCIPLINARIDADE, COMTEMPORANEIDADE.
REFERÊNCIA: LOPES, Luiz Paulo da Moita. Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. 2. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.