Linguagens visuais: especificidades e inter-relações
SENAC – Minas Gerais | Belo Horizonte (MG)
Turma : 08 | Data: 05/03/2012
Questão individual 8 | Linguagens Visuais: especificidades e inter-relações
Aluno: Márdem Nogueira
“A foto é uma arte e seus produtores são fotógrafos, são artistas”. (TURNER, V. O processo ritual: estrutura e anti-estrutura. Petrópolis:Vozes, 1974) Antônio Fatorelli afirma em seu texto onde podemos considerar como manifestação primeira de um estranhamento a própria sensação de frustração experimentada por Peter Henry Emerson, em seu panfleto-desabafo de 1981, The Death of Naturalistic Photography, no qual o fotógrafo provavelmente frustrado com as limitações da época declara-se desiludido com as possibilidades científicas da fotografia, as quais pareciam não satisfazer as expectativas por uma obtenção da plasticidade desejada. Uma vez que a fotografia estava no seu início, tanto como arte e seus processos nesse tempo, e invariavelmente Emerson não viveu para presenciar os rumos dados à fotografia moderna, abertos pelo surgimento de novas tecnologias tais como as máquinas digitais e procedimentos no tratamento das imagens, pós-fotografadas. Isto, apenas para começar. Por outro lado, neste estranhamento apresentado por Fatorelli entraria certo componente de contradição: a partido real, da realidade da cena, da imagem pura, o redimensionamento da mesma, uma releitura da realidade através das possibilidades trazidas pelas técnicas, como as obras de Man Ray e Lásló Moholy-Nagy demonstram.
Desta forma, a ótica de “estranhamento” proposta por Fatorelli agiria como uma espécie de paradoxo em relação ao elemento do “índice”, do “paradigma”, no caso, a imagem real tal como o olho humano a vê, redimensionada pela adição de técnicas. Uma realidade transformada, distorcida, alterada, para tornar-se outra “realidade” de cunho estético.
Dentro desta interpretação de estranhamento sugerida por Fatorelli, apresento abaixo a seleção de