Linguagem
Mia couto
In: E se Obama fosse africano? e outras intervenções ensaios
Mia couto
p.11-24
“Vivemos dominados por uma percepção redutora e utilitária que converte os idiomas num assunto técnico da competência dos lingüistas.”
Introdução
p.14
“Contudo as línguas que sabemos – e mesmo as que não sabemos que sabíamos – são múltiplas e nem sempre capturáveis pela lógica racionalista que domina o nosso consciente. Existe algo que escapa à norma e aos códigos.”
Tópico frasal
p.14
“O que move é a vocação divina da palavra, que não apenas nomeia mas que inventa e produz encantamento.”
Argumento
p.14
“Sou biólogo e viajo muito pela savana do meu país. Nessas regiões encontro gente que não sabe ler livros. Mas que sabe ler o seu mundo.”
Argumento
p.14
“As línguas servem para comunicar. Mas elas não apenas “servem”. Elas transcendem essa dimensão funcional. Às vezes, as línguas fazem-nos ser. Outras, como no caso do homem que adormecia em história a sua mulher, elas fazem-nos deixar de ser.”
Argumento
p.13-14
“Esta diversidade de pensamento sugere que talvez seja necessário assaltar um último reduto de racismo que é a arrogância de um único saber e a incapacidade de estar disponível para filosofias que chegam a nações empobrecidas.”
Argumento
p.21
“o que advogo é um homem plural, munido de um idioma plural. Ao lado de uma língua que nos faça ser mundo, deve coexistir uma outra força que nos faça sair do mundo. De um lado, um idioma que nos crie raiz e lugar. Do outro,um idioma que nos faça ser asas e viagem”
Argumento
p.24