Linguagem
Toda e qualquer produção escrita é fruto de um conjunto de fatores, os quais se encontram interligados e se tornam indissociáveis, de modo a permitir que o discurso se materialize de forma plausível. Portanto, infere-se que tais fatores se ligam aos conhecimentos de quem o produz, sejam esses de ordem linguística ou aqueles adquiridos ao longo da trajetória cotidiana.
Aliada a essa prerrogativa existe aquela que inegavelmente norteia a concepção de linguagem, ou seja, a de possuir um caráter dinâmico e estritamente social. Isso nos leva a crer que sempre estamos dialogando como o “outro”, e que, sobretudo, compartilhamos nossas ideias e opiniões com os diferentes interlocutores envolvidos no discurso.
Essa noção, uma vez proferida, tende a subsidiar os nossos propósitos no que se refere ao assunto em questão. E, para tal, analisemos:
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão.
Eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhoso espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...
QUINTANA, Mário. Esconderijos do tempo. Porto Alegre: L&PM, 1980.
O exemplo em voga trata-se de uma criação poética pertencente a um renomado autor da era modernista. Atendo-nos às suas peculiaridades no tange à linguagem, notamos a presença de uma linguagem metafórica que simboliza a capacidade imaginativa do artista comparando-a com a liberdade conferida aos pássaros, uma vez que são livres e voam rumo ao horizonte.
Por meio dos seguintes excertos poéticos, assim representados, voltamos à ideia anteriormente mencionada de que a