LINGUAGEM
“ O homem tem várias vantagens em relação às bestas; por exemplo, o fogo, as roupas, a agricultura de todas, porém, é a linguagem.” Bertrand Russel
O direito é, por excelência, entre as que mais o desejam, a ciência da palavra. O homem exercita a capacidade de criar símbolos, pensa, julga, reflete, compara e sobreleva-se por isso na escala animal, elaborando sua cultura. É por meio de línguas, ou seja, códigos verbais, que as pessoas emitem e intercambiam mensagens. Uma língua cumpre zelar pela preservação de sua unidade e valores tradicionais. Portanto, o domínio da língua, antes de ser veículo de ascendência política ou social, é embasamento indispensável à formação integral da personalidade.
A aprendizagem da língua está condicionada ao meio social a que o indivíduo pertence. Essa é a linguagem transmitida, depois da qual vem a linguagem adquirida, que a criança vai buscar no ensino escolar, onde entra em contato com o material linguístico que as gerações mais antigas nos legaram em suas obras, considerada clássica. Assim, toda pessoa adulta possui uma consciência linguística, que vem a ser a soma dos meios de expressão transmitidos no espaço (imitação oral) e no tempo (imitação do passado).
Filólogos asseveram ainda que, aos quatorze anos, o indivíduo logra dominar o sistema de linguagem no qual se encontra engajado.
Enquanto não for atacado o trinômio dos problemas sociais que afligem o Brasil – alimentação, saúde e educação – as mazelas serão as mesmas.
A essência de formação humanística e as deficiências de leitura não atingem apenas estudantes e professores em nível de 1o e 2o graus. A partir destes, ganham foros acadêmicos e chegam ao âmbito intraprofissional. Ora, inexiste língua que funcione sem norma, seja ela qual for. `
A palavra
Do homem arborícola ao mais refinado poeta de hoje, ao orador que arrebata multidões, ao filósofo que busca a essência do ser e ao jurista que