Linguagem
Para Saussure “é sincrônico tudo quanto se relacione com o aspecto estático da nossa ciência, diacrônico tudo que diz respeito às evoluções. Do mesmo modo, sincronia e diacronia designarão respectivamente um estado de língua e uma fase de evolução” (SAUSSURE, 1995, p.96).
Por língua entende-se um conjunto de elementos que podem ser estudados simultaneamente, tanto na associação paradigmática como na sintagmática. Por solidariedade objetiva-se dizer que um elemento depende do outro para ser formado.
Para Ferdinand Saussure a linguagem é social e individual; psíquica; psico- fisiológica e física. Portanto, a fusão de Língua e Fala. Para ele, a Língua é definida como a parte social da linguagem e que só um indivíduo não é capaz de mudá-la. O linguista afirma que “a língua é um sistema supra-individual utilizado como meio de comunicação entre os membros de uma comunidade”, portanto “a língua corresponde à parte essencial da linguagem e o indivíduo, sozinho, não pode criar nem modificar a língua” (COSTA, 2008, p.116).
A Fala é a parte individual da Linguagem que é formada por um ato individual de caráter infinito. Para Saussure é um “ato individual de vontade e inteligência” (SAUSSURE, 1995, p.22).
Língua e Fala se relacionam no fato da Fala ser a condição de ocorrência da Língua.
O signo linguístico resulta de uma convenção entre os membros de uma determinada comunidade para determinar significado e significante. Portanto, se um som existe dentro de uma língua ele passa a ter significado, algo que não aconteceria se ele fosse somente um som em si.
Então, “afirmar que o signo linguístico é arbitrário, como fez Saussure, significa reconhecer que não existe uma reação necessária, natural, entre a sua imagem acústica (seu significante) e o sentido a que ela nos remete (seu significante).” (COSTA, 2008,