linguagem
O mito se expressa em linguagem poética, rica em metáforas e analogias. Ele difere da linguagem lógica e racional muito propícia às definições e às explicações conceituais.
A metáfora é uma forma de linguagem simbólica que vem sendo utilizada há séculos para abordar temas de forma paradoxal e indireta, na busca de seu significado. Nesta figura de linguagem, o sentido comum de uma palavra é trocado por outro sentido possível que, a partir de uma comparação ou analogia subentendida, tal palavra passa a seguir.
A linguagem metafórica provoca uma busca por parte do aprendiz. Para compreender essa linguagem, é necessário ultrapassar o modelo convencional de pensamento e superar a busca do entendimento.
As metáforas abrem a porta para a dimensão simbólica, ajudam na percepção dos múltiplos significados que co-existem em uma só imagem. Os símbolos sugerem que algo pode ser compreendido além da sua aparência óbvia e imediata. Como exemplo, veja a seguir o Mito de Prometeu Acorrentado.
O Mito de Prometeu Acorrentado
Prometeu e, seu irmão, Epimeteu receberam de Zeus a tarefa de criar os homens e todos os animais.
Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la depois de pronta. Assim, Epimeteu atribuiu a cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade; deu asas a um, garras a outro, uma carapaça protegendo um terceiro etc. Porém, quando chegou a vez do homem, que deveria ser superior a todos os animais,
Epimeteu já havia gastado todos os recursos. Com isso, ele recorreu a Prometeu que, com a ajuda de Minerva, roubou o fogo que assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais.
Entretanto, o fogo que Prometeu roubou era exclusivo dos deuses. Como castigo, Zeus ordenou a Hefesto que acorrentasse Prometeu no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou abutre) iria dilacerar o seu fígado. Apesar do castigo, Prometeu sempre se regenerava porque era imortal.