Linguagem
De acordo com Margarida Petter no livro organizado por Fiorin (Linguística I), a linguagem, desde os primórdios da civilização, sempre despertou interesse.
Inicialmente, os hindus procuraram estudar a língua para que os textos sagrados, reunidos no Veda, não fossem modificados. Mais tarde, alguns estudiosos, dentre eles Panini, no século IV a.C., descreveram minuciosamente sua língua.
Os gregos, Platão e outros , preocuparam-se com a relação entre palavra e seus significados. Aristóteles, por sua vez, preocupou-se com a estrutura linguística.
Os latinos também aprofundaram seus estudos. Dentre esses, destaca-se Varrão, estudioso da gramática.
Na Idade Média, os modistas defendiam que a estrutura gramatical das línguas é una e universal.
No século XVI, a Reforma provoca a tradução dos livros sagrados em várias línguas. Em 1502, surge o mais antigo dicionário poliglota, do italiano Ambrosio Calepino.
Nos séculos XVII e XVIII, especificamente, em 1660, a partir da Gramática de Port Royal, há a continuidade dos estudos dos antigos. Sendo assim, para os gramáticos dessa época, os princípios de análise estabelecidos não se prendiam a uma língua particular, mas serviam a toda e qualquer língua.
No século XIX, um instrumento importante para o florescimento das gramáticas comparadas e da Lingüística Histórica se desenvolve, ou seja, é criado o método histórico. O estudo comparado das línguas revela que as línguas se transformam com o tempo, independente da vontade do homem.
Franz Bopp, estudioso daquela época, publica, em 1816, uma obra sobre o sistema de conjugação do sânscrito, comparado ao grego, ao latim, ao persa e ao germânico. Tal obra é o marco da Lingüística Histórica e evidencia que há uma relação de parentesco entre as línguas, uma família de línguas: a indo-européia, cujos membros têm uma origem comum, o indo-europeu, ao qual se pode chegar por meio de um método histórico-comparativo.
O progresso do século