Lingua portuguesa
Adilson Ribeiro de Oliveira
(Centro Federal de Educação Tecnológica de Ouro Preto)
“Se quiser deixar um vestibulando de cabelo em pé, fale sobre a prova de redação.
Se quiser atiçar os ânimos de um severo professor de gramática, pergunte sobre a qualidade das redações escolares.
Se quiser provocar um lingüista, diga ‘o estudante de hoje não sabe mais escrever’”.
(Luiz Percival Leme Britto)
A problemática do ensino-aprendizagem de produção de textos escritos na escola tem sido objeto de estudos e pesquisas dos mais variados tipos, nas mais variadas condições e tem sido um grande desafio para pesquisadores, educadores e professores de Língua Portuguesa de todos os níveis de ensino, já que não se pode negar o importante papel que o texto escrito ocupa nas sociedades modernas, bem como a convicção de que é função da escola capacitar os alunos para suas atividades com a prática da produção textual, em qualquer situação que seja. É sob essa ótica que a pesquisa aqui resumida pretendeu analisar a prática de ensino-aprendizagem de produção escrita. Entretanto, este trabalho não se propõe a apresentar as soluções imediatas, mas, sobretudo, discutir, analisar, (re) avaliar, despretenciosamente, uma postura pedagógica que, de alguma forma, possa contribuir com o professor em sua sala de aula, especificamente no ensino e avaliação de produção de texto escrito. Assim, levando-se em consideração a dificuldade de tratar um tema tão amplo e tão complexo, para esta investigação optou-se por considerar as condições de produção do texto escolar escrito, baseando-se nos cinco fatores pragmáticos de construção da textualidade apontados por Costa Val (1994): intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade, cujo estudo encontra aporte teórico em Beaugrande e Dressler (1983). Neste artigo, dado suas dimensões, as considerações