LINGUA DE SINAIS
O ensino era bastante sistemático baseado em métodos de repetição para ensinar a linguagem de sinal, o professor apenas reiterava o conteúdo ministrado nos livros, sendo que o surdo não frequentava a escola regular, devendo procurar as escolas para portadores de necessidades especiais, as quais eram poucas e com estrutura limitada, dificultando o aprendizado.
Outrossim, poucos portadores de deficiência auditiva tinham acesso ao respectivo ensino, sendo grande o número de surdos não alfabetizados, tendo alguns casos em que nem mesmo sabiam a linguagem de sinais, inventados sinais próprios para que os indivíduos que convivem a sua volta entendessem as suas necessidades.
No entanto, as transformações sociais e a intensa luta dos governantes para inclusão dos surdos e melhoria no ensino destes trouxeram importantes transformações na respectiva área, acarretando em uma série de conquistas e melhorias. Veja-se que Libras tornou-se um direito do surdo, necessitando as universidades e colégios terem intérpretes, ocasionando um aumento gradativo do número de surdos se qualificando, conseguindo fazer inclusive pós-graduação mestrado. Insta salientar que temos professores surdos, lecionando para alunos surdos formando a identidade surda, o que facilita no processo de aprendizagem, visto que o professor conhece das necessidades e dificuldades de seus educandos, sabendo transmitir o conteúdo de uma forma mais propicia ao alto índice de aprendizagem. Ainda, Libras foi inserida como matéria obrigatória em todos os cursos superiores de licenciatura, demonstrando o enfoque inclusivo da legislação pátria, visando colocar em prática o direito fundamental da isonomia, fazendo com que os surdos consigam ter uma vida normal, não se distinguindo das demais pessoas.