Ligação covalente dativa e geometria molecular.
O enxofre quanto o oxigênio pertencem ao grupo 16 da tabela periódica, tendo, portanto, 16 elétrons. Fazendo a distribuição eletrônica dos seus elétrons vamos descobrir que ambos os elementos possuem 6 elétrons na sua última camada, precisando, para completarem sua camada de valência e ficarem estáveis, de mais dois elétrons. Já que ambos precisam de um par de elétrons, então o jeito é que esses dois elementos compartilhem os elétrons que faltam. Um átomo de enxofre compartilha um par de elétrons com um átomo de oxigênio, como demonstrado abaixo:
Mas e o outro átomo de oxigênio da molécula?! Se o átomo de enxofre já está completo e um dos átomos de oxigênio também, onde entra o outro átomo de oxigênio? Pois é, algumas moléculas não podem ser explicadas somente pela ligação covalente. Por isso foi formulada a teoria de que há um tipo especial de ligação covalente, que foi chamada de ligação covalente dativa ou ligação coordenada. A ligação covalente dativa ocorre exatamente da mesma forma que a covalente simples, a única coisa que as diferencia é a procedência do par de elétrons compartilhado, que vem apenas de um dos átomos. Em outras palavras, na ligação covalente dativa um átomo com a camada de valência já completa compartilha elétrons com outro átomo de última camada ainda incompleta. Esse sim é um exemplo genuíno de solidariedade: ajudar ao próximo sem esperar nada em troca!
A ligação covalente dativa é representada por uma seta que parte do átomo que doa seus elétrons para compartilhar e vai até o átomo que recebe. Como podemos ver abaixo:
O mesmo procedimento deve ser usado na representação estrutural:
*Sobre ligação covalente simples e dativa: as ligações covalentes podem formar compostos sólidos, líquidos ou gasosos.
*Polaridade das Ligações Químicas
A eletronegatividade é a capacidade que um átomo tem de atrair para si o par de elétrons que ele compartilha com outro átomo em uma ligação covalente. As medidas