Ligaçoes
Este tipo de ligação ocorre quando os elétrons são compartilhados entre dois átomos, ao invés de serem transferidos para criar dois íons diferentes. Dois átomos unidos através de uma ligação covalente contribuem, cada um, com pelo menos um elétron para a ligação, e os elétrons compartilhados podem ser considerados como pertencentes a ambos.
O exemplo mais simples do compartilhamento de elétrons é o encontrado na molécula do hidrogênio H2, em que seus dois elétrons encontram-se localizados entre os prótons. Como resultado, tem-se uma ligação entre os átomos de hidrogênio, como mostrada na Figura 2.2.a.
A ligação covalente também está presente na molécula de metano (CH4), onde o átomo de carbono é circundado por quatro átomos de hidrogênio. O átomo de carbono tem quatro elétrons de valência, enquanto cada um dos átomos de hidrogênio tem somente um elétron na última camada. Cada átomo de hidrogênio pode adquirir a configuração mais estável com dois elétrons na camada de valência através do compartilhamento de mais um elétron com o átomo de carbono. Assim, o átomo de carbono passa a ter quatro elétrons adicionais compartilhados com cada um dos quatro átomos de hidrogênio, adquirindo também a configuração estável com oito elétrons na camada de valência (Figura 2.2.b).
Figura 2.2 – Representação esquemática da ligação covalente nas moléculas de hidrogênio (a) e metano (b).
Ao contrário da ligação iônica, a ligação covalente é direcional, pois ocorre entre átomos específicos e pode existir somente na direção entre um átomo e o outro que participa do compartilhamento de elétrons.
As forças de atração entre os átomos na ligação covalente podem ser muito fortes, como evidenciada no diamante, que é o material mais duro encontrado na natureza e constituído inteiramente por carbono. Os quatro elétrons da camada de valência de cada átomo de carbono são compartilhados com quatro átomos adjacentes, formando um arranjo tetraedral. No