79 3.3 Discos intervertebrais Segundo COUTO (1995), os discos intervertebrais são as estruturas encarregadas de amortecer cargas e pressões ao longo da coluna vertebral, evitando com isto que qualquer traumatismo um pouco mais intenso acarrete sérias conseqüências sobre a coluna e provoque fratura de vértebras. Eles existem entre cada duas vértebras. Também é função dos discos contribuir para a característica de estrutura semifixa e semimóvel da coluna, pois, nesse aspecto, o disco promove um amarramento fibrosos de uma vértebra à outra, por meio de um emaranhado de fibras que se inserem nos corpos vertebrais superior e inferior. Como estas fibras são fibroelásticas, o amarramento torna-se maleável. De acordo com OLIVER et al. (1998) o disco intervertebral assume um papel vital no funcionamento da coluna vertebral. Vértebras adjacentes, desde a segunda vértebra cervical até o sacro, são comparadas a sofisticados ligamentos, formando articulações, denominadas intersomáticas. Tanto as estruturas macro quanto as microscópicas dos discos refletem bem o modo como realizam suas duas principais funções, ou seja, permitir e restringir os movimentos das articulações intersomáticas e atuar como principal componente na transmissão de carga de um corpo vertebral ao seguinte. CAILLIET (1975) descreve o disco intervertebral (figura 47) como um sistema hidráulico complexo que absorve choques, permite uma compressão transitórias e, devido ao deslocamento do líquido dentro do continente elástico, permite o movimento. O autor compara o disco a um amortecedor mecânico de choques. Segundo o autor, as superfícies superior e inferior do disco são as placas terminais dos corpos vertebrais. Estas placas são de cartilagem hialina articular, em contato direto e aderentes ao osso elástico subjacente do corpo vertebral. Em seu estado normal, estas placas terminais são superfícies firmes, planas, circulares e inflexíveis
80 que formam as porções cefálicas e caudais do disco e sobre as