Liderança em Psicologia do Esporte
Psicologia nos Esportes: Liderança
Ed. Física, 5º semestre – Noturno
Prof. Dr. Eduardo Cillo
Introdução
De acordo com Leitão (1999), citado por Costa (2003), a investigação do conceito de liderança no contexto esportivo surgiu da aplicação de modelos teóricos da psicologia organizacional. Não se pode ignorar, entretanto, os diferenciais entre organização e equipe: as equipes esportivas contam com maior grau de personalização e sentimento de responsabilidade por parte dos membros, além do que, a maior parte do tempo é destinada ao treino e não à competição (Costa, 2003).
A palavra líder pode ser definida de diversas maneiras. Segundo Cratty (1992), citado por Costa (2003), trata-se do indivíduo que o grupo percebe como o melhor na resolução de problemas da equipe. Desta forma, uma única equipe esportiva pode ter mais de um líder, em diferentes níveis. O treinador, por exemplo, é líder por autoridade e imposição (podendo ser ou não também um “líder natural”). Mas outros membros da equipe podem estar aptos a exercer a liderança pela forma como se configura o grupo ou por necessidades pontuais e transitórias.
No presente estudo, contudo, o foco recai sobre a pessoa do treinador em seu papel de liderança. Na literatura a respeito da psicologia esportiva, muito se fala sobre o atleta e seu treinamento, mas pouco é discutido sobre o treinamento dos próprios técnicos.
O Líder
Segundo estudos, o fator mais importante para o rendimento de uma equipe esportiva é o técnico (Simões, 1994), pois ele influencia e estrutura o processo de organização, treinamento e competição (Kaneta, 2009). A mesma autora defende que é responsabilidade do treinador manter os atletas engajados nos objetivos traçados e conservar a motivação durante os treinamentos. Seu comportamento influencia diretamente a satisfação e os resultados do atleta, sendo a resultante uma interação entre líder, liderados e situação.
Segundo