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A sociedade brasileira hoje composta por uma pluraridade cultural bem expressiva e conhecida no mundo inteiro é fruto da aproximação de vários povos, entre os quais podemos citar os europeus, indios e negros. A mistura entre esses povos no território brasileiro se deu através das grandes navegações. Entretanto, as relações entre esses povos de costumes diferentes não eram tão pacíficas: os indios e negros foram conquistados à força, escravizados, humilhados e dizimados.
Com o passar dos anos é que uma relação mais amistosa foi aparecendo lenta e gradualmente, e assim difundiram-se as culturas, entre as quais, a cultura negra é expressivamente conhecida e admirada, embora haja ainda hoje um preconceito contra a mesma. Seria impossivel falar na cultura brasileira sem falar na escravidão.
Embora hoje a cultura negra que também faz parte da cultura brasileira seja enaltecida por muitos, convém lembrar o início da presença africana no Brasil, intermediada pela coroa portuguesa e pela Igreja, já que esta considerava que a escravidão negra era um meio desse povo considerado pagão expiar seus pecados. O sofrimento, a dor e o trabalho forçado foram algumas das humilhações que o povo africano sofreu em território brasileiro.
A escravidão africana teve início no Brasil nos engenhos de cana-de-açúcar por volta do século XVI e se estendeu até o século XIX. Assim, o escravismo humano no Brasil foi a base de sustentação do Sistema Colonial e uma das principais fontes de riqueza para a metrópole, uma vez que a maior parte da produção da colônia escorria para a coroa portuguesa.
Por quase quatrocentos anos o trabalho compulsório e desumano foi praticado em nosso país, sendo o último do continente americano a abolir a escravidão. Considerados como objetos de seus donos, os escravos praticavam desde o trabalho mais simples dentro da casa grande até o trabalho mais pesado na lavoura. Comprados, vendidos, trocados ou emprestados, a vida desses homens e mulheres que se viram