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Em primeiro lugar, ética não se confunde com moral e nem tampouco com valores.
A moral é um conjunto de regras de conduta e lugar, para uma determinada pessoa ou grupo de pessoas. A partir daí, podemos dizer que existem várias e diversas morais.
Uma moral é um fenômeno social particular, que não tem compromisso com a universalidade, isto é, com o que é válido e de direito para todos os homens. Exceção pode ocorrer quando a moral for atacada, a partir de onde justifica-se como sendo universal, supostamente válida para todos.
A moralidade, por sua vez, é um sistema de valores do qual resultam normas que são consideradas corretas por uma determinada sociedade. Esse valor que cria tal sistema pode ser definido como uma crença duradoura em um modelo específico de conduta ou estado de existência, que é pessoalmente ou socialmente adotado, e que está embasado em uma conduta pré-existente.
Segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ÉTICA “é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”.
A partir dessa gama de conceitos que, para nós, podem se confundir, podemos definir ética como sendo a ciência que julga a legitimidade da(s) moral(is); ou ainda uma reflexão crítica sobre a moralidade; uma qualificação de ações do ponto de vista do bem e do mal, ou ainda, uma referência para os homens basearem suas decisões.
Para o filósofo inglês Bertrand Russel, a ética é subjetiva, revelando ser a expressão dos desejos de um grupo, sendo que certos desejos devem ser reprimidos e outros reforçados, para se atingir a felicidade ou o equilíbrio.
É também relevante lembrar que a pessoa não nasce ética; sua estruturação ética vai ocorrendo juntamente com seu desenvolvimento. Os conceitos de valores, de moral e de ética são adquiridos a partir da experiência de vida.
Há ainda quem diferencie moral e ética de