Licenciado
«Garcia Lorca e Manuel da Fonseca – Dois Poetas em Confronto»,
de Manuel Simões
por António Gomes Marques
M. Simões
Os frequentadores destas sessões no Museu do Neo-Realismo saberão que Manuel Simões, tendo em conta as vezes que aqui esteve a fazer a apresentação de livros de outros autores, é licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e em Línguas e Literaturas Estrangeiras pela Universidade de Veneza, tendo ensinado Língua e Literatura Portuguesa na Universidade “Cà Foscari,” de Veneza. Viveu em Itália desde 1971 até à justa aposentação em 2001. Hoje ainda acontece ser o Manuel convidado a dirigir, em várias regiões de Itália, Seminários sobre a temática em que é um reconhecido especialista. Conhecê-lo-ão também das constantes colaborações na revista Nova Síntese, da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo, tendo sido até o coordenador do n.º 5, o último, que tratou de «A Poesia do Neo-Realismo», mas talvez já não o conheçam tão bem na sua actividade de ensaista, de que a obra que hoje apresentamos, «García Lorca e Manuel da Fonseca – Dois Poetas em Confronto», é um dos exemplos mais notáveis do seu labor, como também nem todos terão um conhecimento aprofundado da sua criação poética.
Os seus primeiros livros de poesia, «Crónica Breve», de 1971, e «Crónica Segunda», de 1976, foram publicados na colecção Nova Realidade, que criou com Carlos Loures e Júlio Estudante, em Tomar, em 1966. Segue-se em 1987 «Canto Mediterrâneo», em 1998 «Errâncias» e, em 2005, «Micromundos». No entanto, não podemos encerrar este parágrafo sobre a sua obra poética, sem mencionar o pequeno volume de poemas em italiano «Sereninsula» e sem deixar de mencionar as antologias poéticas, em colaboração com Carlos Loures, «Hiroxima» (1967), «Vietname» (1970), que despertaram a atenção da PIDE, e «Poemabril», antologia de depoimentos de alguns dos «Capitães de Abril» e poemas de 60 poetas