Licenciado
Donald A. Schön In: Nóvoa, Antônio. Os professores e sua formação. Dom
Quixote, Lisboa, 1992
Como sabem, estamos agora no meio de um dos processos cíclicos de reforma educativa. Mais uma vez, tomamos consciência das inadequações da educação na
América. Como é hábito, atribuímos a culpa às escolas e aos professores, o que equivale a culpar as vítimas. Alguns legisladores iniciaram um processo tendente a instituir um controle regulador das escolas, procurando legislar sobre o que deve ser ensinado, quando e por quem, contemplando ainda os modos de testar o que foi aprendido e se os professores são competentes para o ensinar.
Neste processo, estamos a repetir um modelo já conhecido de política da reforma, ou seja, uma regulação do centro para a periferia em que uma orientação política emanada de um governo central para uma periferia de instituições locais é reforçada através de um sistema de prêmios e punições. Tais intervenções induzem as instituições periféricas a tornear os regulamentos, a “arranjar” os relatórios de modo a sintonizá-los com a política central e a fazer uma interpretação literal das medidas em detrimento das intenções que lhes estão subjacentes, tal como as crianças aprendem a obter boas notas em vez de aprenderem os conteúdos que são ensinados. O resultado de tudo isto é uma espécie de jogo paralelo entre as escolas na periferia, que procuram continuar a fazer as mesmas atividades, e as autoridades centrais ou regionais que tentam controlar os comportamentos das escolas. Todas estas respostas das escolas são tentativas para conservar uma preciosa liberdade de decisão.
Subjacente ao debate sobre estas intervenções situam-se três questões principais:
Cópia do texto em português obtido em www.profmarcusribeiro.com.br
DONALD SCHÖN
1 - Quais as competências que os professores deveriam ajudar as crianças a desenvolver? 2 - Que tipos de conhecimento e de saber-fazer