Licenciado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
COLEGIADO DE HISTÓRIA

JOSÉ RAIMUNDO PANTOJA CASTELO – 2009361018

HISTÓRIA DA AMÉRICA CONTEMPORÃNEA

Macapá
2013
A LUTA POLÍTICA NO GOVERNO DA UNIDADE POPULAR1

O objeto de análise deste texto é a correlação de forças e a luta política que essas forças travaram durante o governo da Unidade Popular, uma coalizão de partidos de esquerda que governou o Chile no período de 1970 à 1973, especificamente desde a posse de Salvador Allende, eleito presidente por eleições diretas e democráticas, até o golpe de 1973 realizado pela direita chilena, que culminou com a queda de seu governo e sua morte, até hoje objeto de especulações se foi homicídio ou suicídio. Conforme Alberto Aggio, vários atores marcaram presença no processo chileno. Dentre eles convém destacar a ação direta dos partidos políticos, primeiramente a Unidade Popular, que estava no poder, a Democracia Cristã, que exerceu muita influência nesse processo, configurando suas ações ora mais à esquerda, ora mais à direita, movimento que o autor denominou de política pendular, e o Partido Nacional, partido de direita e representante das elites, que num primeiro momento logo após a vitória de Allende manteve uma atuação pelos canais institucionais. Outra atuação importante a destacar foi a atuação dos Estados Unidos, que desde a vitória de Allende já mantinha uma posição no sentido de impedir a posse do governo da UP. Mas segundo Aggio, esse fator externo não foi determinante para o fracasso da experiência socialista chilena. Para uma melhor interpretação e análise dos fatos que permearam a luta política no Chile, o autor dividiu este período em quatro etapas: a primeira trata da conjuntura entre a vitória e a posse de Salvador Allende; a segunda analisa o período de novembro de 1970 a outubro de 1972; a terceira etapa trata exclusivamente da crise de outubro de 1972 e a quarta e última analisa os desdobramentos da crise de 1972 até