LIBRAS
A língua, oral-auditiva ou espaço-visual, proporciona a comunicação e a organização do pensamento. A surdez afeta o principal meio de comunicação entre as pessoas, inviabilizando o acesso à língua oral-auditiva, logo, a linguagem do surdo tem-se estruturado através da língua de sinais, que é natural e que possui estruturas próprias diferentes das línguas oralizáveis.
A libras é recurso que os surdos dispõem para receber a herança cultural, e é utilizada pela comunidade surda brasileira que se torna diferente das línguas orais, pois, utiliza o canal visual-espacial. É adquirida como língua materna pelas crianças surdas e o simples contato com a comunidade de surdos adultos propicia a sua aquisição naturalmente (BRITO, 1993).
De acordo com o Ministério da Educação do Brasil “as garantias individuais do surdo e o pleno exercício da cidadania alcançaram respaldo institucional decisivo com a Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002, em que é reconhecido o estatuto da Língua Brasileira de Sinais como língua oficial da comunidade surda, com implicações para sua divulgação e ensino, para o acesso bilíngüe à informação em ambientes institucionais e para a capacitação dos profissionais que trabalham com os surdos.
O acesso a LIBRAS é primordial na construção da identidade da pessoa surda em todos os seus aspectos, a saber, lingüísticos, cognitivos e social. Exposto a LIBRAS o mais precoce possível, o sujeito surdo teria assim garantido seu direito a uma língua de fato.
A falta de domínio de uma língua priva o sujeito de participar do burburinho do cotidiano, que vai construindo as várias vozes ao longo do tempo. Ao mesmo tempo a falta de compreensão pelo sujeito ouvinte quanto à linguagem utilizada pelo sujeito surdo o priva de manifestar suas necessidades.
A relação do sujeito com a língua é que vai produzir a diferença, portanto, o vínculo do surdo com a língua de sinais vai ser determinante, imperioso, essencial, única possibilidade de ele vir a