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ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA SURDA: CONCEPÇÕES E IDENTIDADES Arlete Marinho Gonçalves1
Antônio Luís Parlandin dos Santos2 INTRODUÇÃO
Durante séculos, os alunos que apresentavam algum tipo de deficiência eram postos à margem da escola e posteriormente da sociedade, na maioria das vezes vistas como incapazes.
A busca pela igualdade de direitos e qualidade social foram bandeiras levantadas desde a década de 90 e início do século XXI. Nesse contexto, a Educação no Brasil, a partir de 1996, busca através de seu currículo o processo de inclusão com a função social de transformar homens em sujeitos mais éticos e solidários, respeitando e valorizando as diversidades.
Assim sendo, a inclusão como direito aos alunos com necessidades educativas especiais ainda é muito recente, perante anos de exclusão que essa clientela vivenciou tanto na escola como na sociedade. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ‐ LDBEN
9394/96, em seu artigo 59, capítulo V, que dispõe sobre a Educação Especial, assegura uma educação de qualidade para os alunos com necessidades especiais. No entanto a LDBEN não garantiu a promoção de capacitação dos profissionais que trabalham com essa clientela, tornando o processo de inclusão um conceito vazio para o docente de alunos especiais, assim como para os próprios discentes.
A escola é um dos lugares privilegiados para a emancipação humana, contudo, nem todas as crianças possuem esse direito garantido. A maioria delas são crianças que divergem do padrão da sociedade moderna: crianças ditas normais. Essas crianças na maioria das vezes são excluídas antes de entrar na escola e quando entram, são rotuladas pelo preconceito e discriminação. Como educadora no município de Oriximiná ‐ PA, percebemos que nos últimos anos com a implementação desse novo