Libras
É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela linguística. Pesquisas com filhos surdos de pais surdos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais dentro do lar é um benefício e que esta aquisição contribui para o aprendizado da língua oral como
Segunda língua para os surdos.
Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais apresenta uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se organiza no cérebro da mesma maneira que as línguas faladas.
Como em qualquer língua viva, nas línguas de sinais existem variações regionais e locais, estilos pessoais, uso em contexto, norma padrão, gírias e constante invenção e transformação de sinais. O que é denominado de palavra nas línguas orais-auditivas é chamado de sinal nas línguas de modalidade gestual-visual ou visual-espacial. Citamos algumas características da Libras que a diferenciam da Língua Portuguesa: não existe conjugação verbal nem concordância de gênero, ou seja, os verbos são apresentados no infinitivo e para o gênero é acrescentado o sinal correspondente a “mulher” ou “homem”.
Todavia, não se deve pensar que as línguas de sinais sejam a transposição direta das línguas de modalidade oral-auditiva, simplesmente expressando através de gestos os significados
(fonético, gráfico ou simbólico) das palavras da língua falada.