Libras
Belo Horizonte/MG, 2012.
Sumário:
Introdução:
Uma breve exposição histórica da evolução da educação de Surdos
De acordo com pesquisas realizadas:
Na Antiguidade os surdos eram considerados incapazes, pois se acreditava que o pensamento se desenvolvia com a linguagem e esta com a fala. Segundo Aristóteles era a linguagem que dava ao indivíduo a condição de humano. Em algumas culturas não se reconhecia os direitos legais dos surdos, em outras eram sacrificados por não se esperar nada deles ou por considerá-los como um castigo Divino.
Na Idade Média pelo fato de os surdos não pronunciarem os sacramentos a Igreja Católica não considerava suas almas imortais.
Na Idade Moderna o primeiro professor de surdos foi Pedro Ponce de Léon (1520 – 1584), embora o médico italiano Girolamo Cardano (1501-1576) já defendia a capacidade de aprendizado dos sujeitos surdos. Pedro Ponce de Léon viveu em um monastério na Espanha, onde se dedicou à instrução de surdos filhos de nobres, tinha um regime de preceptoria e sua educação tinha a finalidade de garantir os direitos legais de seus alunos.
Juan Pablo de Bonet (1579-1629) filólogo e soldado do rei, também foi professor de surdos e utilizava as técnicas de León. Em 1620 expôs suas técnicas em um livro. Outra figura foi Jacob Rodrigues Pereire (1715-1780) que tinha fluência na Língua de Sinais, porém defendia a oralização dos surdos.
Temos também o Abade Charles Michel de L´Epée (1712- 1789) que aprendeu a Língua de Sinais com os surdos e a utilizava na catequese e na educação ensinado também aos surdos a escrita do francês na qual desenvolveu os Sinais Metódicos que eram compostos pela Língua de Sinais francesa. Posteriormente comovido com o estado de pobreza dos surdos da capital francesa fundou em 1760 a primeira escola pública para surdos, o Instituto Nacional de Surdos de Paris. O Abade L´Epée é considerado como um dos grandes defensores da Língua de Sinais uma vez que a mesma era utilizada pelos surdos desde a