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Considerando que: A língua é um instrumento de vital importância para o desenvolvimento de certos processos cognitivos da criança e que há um tempo cronológico e psicológico ideal para que isto aconteça; A língua de sinais é uma língua como qualquer outra e não apenas gestos combinados; A língua de sinais é adquirida naturalmente pela criança surda; Uma postura que envolva o bilingüismo prioriza, evidentemente, o fato de que uma língua precisa ser de domínio do indivíduo para contribuir significativamente para seu desenvolvimento cognitivo e sua necessidade de comunicação com o meio. Assim, no bilinguismo, o indivíduo terá a língua de sinais como sua língua natural e, paralelamente, será exposto a um processo de aprendizagem da língua portuguesa (Fernandes, 1995).
Ser bilíngue não é só conhecer palavras, estruturas de frases, enfim, a gramática das duas línguas, mas também conhecer, profundamente, as significações sociais e culturais das comunidades linguísticas de que se faz parte.
O bilinguismo só é possível associado, portanto, ao biculturalismo, isto é, à identificação e à convivência, de fato, com os grupos linguísticos com que se mantém contato. Neste método, o trabalho não está centrado no fonoaudiólogo, mas na forma educacional. Certamente, durante o desenvolvimento das habilidades auditivas e orais, o fonoaudiólogo deverá estar mais presente, mas durante o aprendizado da língua de sinais, com toda a sua estrutura gramatical, os