Libras
O presente artigo tem a finalidade de fazer uma breve descrição do mundo dos surdos, no que se difere com relação à cultura geral dos ouvintes. Para tanto utilizamos bibliografias referentes à temática que nos possibilitou descrever de maneira clara porém sucinta como ocorre a comunicação do surdo com a comunidade surda em nosso país e em outros países, por meio de línguas de sinais e mesmo oralismo e bilinguismo, podendo coexistir com adeptos de todas elas em diferentes países; como é o cotidiano desses indivíduos, as adaptações necessárias onde mora, o brincar, a convivência, os momentos de socialização, o processo de aprendizagem para comunicar-se, dentre outros aspectos.
O MUNDO DOS SURDOS
POCHE (1989) in SANTANA e BERGAMO(2005), refere que ,por cultura entende-se os esquemas perceptivos e interpretativos segundo os quais um grupo produz o discurso de sua relação com o mundo e com o conhecimento, ou quaisquer outra reposição equivalente; a língua e a cultura são duas produções paralelas e , além disso, a língua é um “recurso” na produção da cultura, embora não seja o único. Para ele, a língua é, neste sentido, um instrumento que serve a linguagem para criar, simbolizar e fazer circular sentido, é um processo permanente de interação social.
KARNOPP (2008) refere que ao afirmarmos que os surdos brasileiros são membros de uma cultura surda não significa que todas as pessoas compartilhem a mesma cultura simplesmente por que elas não ouvem. Os surdos brasileiros são membros da cultura surda brasileira da mesma forma que os surdos americanos são membros da cultura surda norte-americana, esses grupos usam línguas de sinais diferentes, compartilham experiências diferentes e possuem diferentes experiências de vida. No entanto, há alguns valores e experiências que os surdos, independentes do local onde vivem, compartilham, ou seja: “todos são pessoas surdas vivendo em uma sociedade dominada pelos ouvintes” (WILCOX e