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Nos séculos XVII e XVIII, sofreram mudanças as concepções a respeito da deficiência em todas as áreas do conhecimento, favorecendo diferentes atitudes frente ao problema. Segundo Pessotti (1984, p.72), "o desenvolvimento da ciência permite questionar os dogmas religiosos e começam a surgir estudos mais sistemáticos na área médica visando explicar tais comportamentos".
Com a evolução da história, surgiram no final do século XVIII atitudes mais humanitárias que, por meio de estudos e pesquisas buscavam compreender as especificidades do indivíduo portador de necessidades especiais. Pessoti (1984) aponta que os hospícios nessa época passaram a abrigar não só os deficientes, mas todos aqueles que causavam incômodo à sociedade. Ainda nesse período, iniciou-se uma defesa pelo direito à educação dos desprezados e excluídos pela família e sociedade.
Observa-se que até o início do século XIX, a deficiência estava associada à incapacidade, à ideia de inutilidade e dependência, não havendo nenhuma preocupação com a mudança desse quadro, sendo que ao final do século XIX observou-se uma atitude de responsabilidade pública frente às necessidades do deficiente. Já no século XX, houve uma multiplicação das visões a respeito do deficiente, com a existência de vários modelos explicativos: o metafísico, o médico, o educacional, o da determinação social, e mais recentemente o sócio-construtivista ou sócio-histórico (SCHWARTZMAN, 1999).
Nas últimas décadas do século XX, em função das modificações nas concepções envolvendo a deficiência e a educação especial, surgiu uma nova forma de se entender a problemática dos deficientes na perspectiva pseudo-educativa. Assim, por volta das décadas de 80 e 90 do século passado, a educação inclusiva, em busca de um único sistema educacional para estas pessoas, ganha repercussão nacional (MAZZOTTA, 1999, PESSOTI, 1984).
Peranzoni & Freitas (2000) relatam o surgimento de