liberdade
Primeiro, a liberdade é um assunto extremamente atraente. A revolta mundial contra a autoridade, iniciada na década de sessenta, é vista como sinônimo de uma busca mundial por liberdade. Muita gente é obcecada com a liberdade e passa a vida inteira a persegui-la. Para alguns, é uma questão de libertação nacional, emancipação de um jugo colonial ou neocolonial. Para outros, trata-se de direitos civis, e assim protestam contra discriminação racial, religiosa ou étnica e exigem a proteção de opiniões das minorias. E ainda há outros cuja preocupação é a busca por liberdade económica, libertação da fome, da pobreza e do desemprego. Ao mesmo tempo, todos nós nos preocupamos com a nossa liberdade pessoal. Até aqueles que lutam mais ardentemente pelos outros tipos de liberdade aqui mencionadas (nacional, civil e económica) geralmente sabem que eles mesmos não são livres. Eles nem sempre conseguem dar um nome às tiranias que os oprimem. Todavia, sentem-se frustrados, não-realizados e sem liberdade.
Numa entrevista com o consagradíssimo novelista John Fowles, publicada sob o título "Uma Espécie de Exílio em Lyme Regis", Daniel Halpern perguntou-lhe: "Existe algum retrato específico do mundo que você gostaria de desenvolver em sua obra? Alguma coisa que continua sendo importante para você?" "Sim", respondeu John Fowles. "Liberdade. Como alcançar a liberdade. Isto me obceca. Todos os meus livros falam sobre isso."
Segundo, liberdade é uma tremenda palavra cristã. Jesus Cristo é retratado no Novo Testamento como o supremo libertador do mundo. "O Espírito do Senhor está sobre mim", declarou ele, aplicando a si mesmo uma profecia do Antigo Testamento, "pelo que me ungiu para evangelizar nos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos