Liberdade
ANTROPOLOGIA CONTEMPORÂNEA
A antropologia sempre trabalhou com a lógica do distanciamento, distanciamento entre o pesquisador e pesquisado, distanciamento entre civilizações e culturas, distanciamento no tempo e no espaço entre o europeu e o não europeu. Ocorre que a história e a crescente internacionalização dom capitalismo promoveram o contínuo encurtamento dessas distancias.
A indústria se universalizou assim como o estado nação , a democracia, a tecnologia e os meios de comunicação em massa. No campo do conhecimento os antropólogos falam na perda do objeto de estudo, existe um “certo desânimo”, “angústia” também as disciplinas parecem dialogar de forma extremamente próxima, intercambiando conceitos e princípios metodológicos. ( interdisciplinaridade ) Decorre daí a fragmentação e a perda de universalismo daquilo que poderíamos chamar escolas teóricas, ou seja, conjuntos organizados de conceitos. Acabou levando a uma crise de paradigmas.
A COMPLEXA QUESTÃO DA IDENTIDADE
Questão fundamental da antropologia é a relação entre o “eu” – pesquisador e o “outro” – pesquisado, encarados, por princípio, como entidades diferentes e autônomas. a antropologia constrói e compreende identidades, ou seja, mecanismos que fazem o outro ser quem é e como é. Com o desenvolvimento do capitalismo e a globalização houve a aproximação dos modos de vida, abalando os processos indenitários. Essa crise de identidade passa a fazer parte do que chamamos de cultura contemporânea ou da pós-modernidade.
Os estudos recentes mostram que as instituições como o Estado, a Igreja e os Partidos políticos perderam a capacidade de consolidar identidades individuais e coletivas, pois a cultura de massa acaba padronizando o imaginário das pessoas de forma global. A sociedade contemporânea tornou ineficazes as formas tradicionais da cultura pelas quais se construíram as identidades de grupo e individuais, entre elas o ofício, o regionalismo e o