liberdade de expressão

Houve uma chuva de notícias na mídia nessas últimas semanas sobre um grupo terrorista que atacou a sede do jornal satírico “Charlie Habdo” em Paris com objetivo de vingança a Maomé. Sabe-se que desde a primeira publicação do Jornal sobre o Profeta em 2006 a equipe jornalística é alvo de ameaças. Sobre tal acontecimento pode-se indagar: Existe um limite para a liberdade de expressão?
Há aqueles que defendem o direito livre de se expressar mesmo quando não concordam com o que foi dito, há também aqueles que não concordam com o primeiro e se ofendem, podendo até se manifestar de maneira negativa, como: agressão verbal ou física. Mas é necessário levar em consideração que a primeira publicação do Jornal foi de fato uma provocação, porém o que não justifica o ato terrorista.
O grande desafio de uma sociedade é manter o equilíbrio quando se trata de liberdade de expressão, pois há muitas opiniões e crenças contrárias em um pequeno espaço, podendo ocorrer divergências entre os cidadãos, e até violência como a de Paris, onde podemos destacar como errôneo quanto às publicações do Jornal alvo dos ataques, que se expressava desrespeitosa quanto à religião islâmica, despertando assim fúria aos adeptos. Mas de forma alguma se pode deixar de apontar como errada e equivocada a ação dos feitores do ataque. A questão é que não há de fato uma alforria de expressão, quando se refere à limites excluímos a liberdade quase que imediatamente. O maior problema é que nem sempre se sabe o que pode afetar alguém, daí o limite fica ainda maior, deixando um indivíduo sem expressão.
O acesso à cultura e ao conhecimento afasta a ignorância, causadora em maior parte da intolerância à liberdade de opinar. É fundamental que as pessoas entendam que para haver uma democracia a liberdade de expressão é necessária. Se alguém deseja falar é necessário também ouvir e vice-versa.