Leviatã - fichamento (cap xiii-xvi)
(páginas 106-107)
O poder empossado ao subjugar todos que puder nada mais é do que a própria preservação, e aqueles que se mantêm dentro de modestos limites da própria conservação, para apenas se defender, não irão subsistir durante muito tempo. A inexistência deste poder imposto pelos homens faz com que sintam desprazer da companhia uns dos outros, pois um não dará o mesmo valor que o outro deposita nele mesmo, conduzindo este a impor-se atravéz da violência. Pela discordia gerada pela contínua competição, desconfiança e busca por glória, se dá um estado de guerra constante no qual todos estão contra todos.
(páginas 108-109)
Neste estado de miséria não há indústria, agricultura, navegação, comércio nem lugar para qualquer outro tipo de trabalho e muito menos sociedade. Há apenas o medo e perigo de morte levando a uma vida solitária, miserável, sórdida, brutal e curta.
(página 109) As ações derivadas das paixões do homem não são pecado até que haja uma lei proibindo-as. Mas onde não há poder comum não há lei, assim não há justiça e injustiça, nem propridade e domínio. Paixões, como o o medo da morte e o desejo por uma vida confortável, junto à razão tendem a levar os homens a acordarem por normas de paz. Essas normas se chamam leis da natureza.
(página 111) A Lei de Natureza(Lex Naturalis) se difere do Direito de Natureza(Jus Naturale). Enquanto este consiste na liberdade que cada homem possue de preservar a própria vida, aquele consiste na obrigação de não destruir a mesma.
(página 112) Priorizando a