Levi-Strauss x Franz Boas

Esse texto tem como objetivo comparar dois trabalhos divulgados por importantes antropólogos, Claude Levi-Strauss e Franz Boas, ambos, em certa medida, criticando o método comparativo dos evolucionistas.
O texto “Raça e História” de Levi-Strauss foi feito a partir de um pedido da UNESCO, onde o mundo, após a 2ª Guerra Mundial, o racismo estava mais acentuado do que antes. Para amenizar tais conflitos, o texto foi produzido e divulgado sem atingir completamente o objetivo de conscientização, mas fez grande mudança nos estudos antropológicos.
O objetivo era demonstrar o quanto cada hábito ou costume eram importantes em suas singularidades, independente do seu “grau de evolução”; justamente isso, Levi-Strauss expressou em seu texto o quanto esse conceito de evolução era relativo, pois é impossível comparar todas as sociedades como se fossem as mesmas, sem levar em consideração as particularidades culturais.
“Não devemos esquecer que Gobineau, a quem a história fez o pai das teorias racistas, não concebia, no entanto, a "desigualdade das raças humanas" de uma maneira quantitativa, mas sim qualitativa. Para ele, as grandes raças primitivas que formavam a humanidade nos seus primórdios - branca, amarela, negra - não eram só desiguais em valor absoluto, mas também diversas nas suas aptidões particulares.” (LEVI STRAUSS, p. 1, 1952)
Após isso, um dos objetivos do texto era demonstrar o quanto o etnocentrismo pode mudar o rumo das sociedades. Ele não critica o etnocentrismo, mas deixa claro que esse sentimento se torna prejudicial quando é de uma forma acentuada, provocando assim a desigualdade. O outro lhe incomoda porque foge da sua cultura, do meio em que está inserido.
No texto de Franz Boas, “As Limitações do Método Comparativo”, há uma crítica ao modo de desenvolvimento linear considerado pelos evolucionistas.
“Com base em desenhos representando diversos objetos surgiram, no curso do tempo, gregas, meandros, cruzes, etc. Portanto, a ocorrência frequente