Lev Vygotsky

Para Vygotsky, o desenvolvimento do conhecimento dá-se de fora para dentro, quer dizer, para ele a linguagem antecede a inteligência. Em sua teoria não há fases, ele postulou quatro planos genéticos, que são como entradas do desenvolvimento que todo indivíduo passa no processo de desenvolvimento:
Filogênese: história da espécie animal (humana);
Ontogênese: história do Ser, segundo suas características biológicas;
Sociogênese: história da cultura que o indivíduo está inserido;
Microgênese: são processos microscópicos pertinente a cada indivíduo. Por exemplo, quando uma criança aprende a amarrar o sapato, existe a microgênese do ato de amarrar o sapato daquela criança.
Vygotsky diz em sua teoria que o homem não se relaciona diretamente com o meio/objetos, mas que essa relação é mediada: por instrumentos (por exemplo, ao utilizar uma faca para cortar um pão) ou por signos (que é a representação simbólica), os mediadores fazem a intermediação da pessoa e o mundo. A linguagem para Vygotsky é um instrumento de intermediação e de relação direta com o próprio desenvolvimento psicológico.
Descreveu também a Z.D.P. (Zona de Desenvolvimento Proximal) aonde ele evidencia a necessidade da interação social no processo de aprendizagem. Este conceito diz que a criança possui um conhecimento real e um potencial, que ela é capaz de desenvolver, mas que precisa de um intermediário que possibilite este acontecimento. Essa teoria é importante para a atuação do professor pois valoriza/enfatiza o seu papel intermediador, peça fundamental no processo de ensino-aprendizagem.
Tanto Piaget quanto Vygotsky sustentam que a inteligência é construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio, contudo há uma diferença marcante entre ambos, o fator cultural, que para Vygotsky é determinante.
Portanto Vygotsky, é um teórico sócio-construtivista.