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INSTITUTO PRÓ SABER
JAN CARLOS DIAS DE SANTANA
O USO DOS VERBOS HAVER E TER EM ESTRUTURAS EXISTENCIAIS: DO
PORTUGUÊS ARCAICO AO PORTUGUÊS FALADO NO BRASIL
Feira de Santana
2012
1
JAN CARLOS DIAS DE SANTANA
O USO DOS VERBOS HAVER E TER EM ESTRUTURAS EXISTENCIAIS: DO
PORTUGUÊS ARCAICO AO PORTUGUÊS FALADO NO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de
Artigo Científico, apresentado ao Instituto Pró
Saber, como requisito parcial obrigatório para conclusão do curso de Pós-Graduação em Estudos
Linguísticos.
Orientador(a): Profa. Dra. Eliana Pitombo
Feira de Santana
2012
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O USO DOS VERBOS HAVER E TER EM ESTRUTURAS EXISTENCIAIS: DO
PORTUGUÊS ARCAICO AO PORTUGUÊS FALADO NO BRASIL
Jan Carlos Dias de Santana1
RESUMO
Esta pesquisa busca mostrar a variação haver/ter em estruturas existenciais do português, a partir de um estudo bibliográfico e documental, expõem-se amostras de textos antigos e um referencial teórico embasado na
Linguística Histórica. Verificou-se o uso de tais verbos na variedade arcaica do português e como a variação é tratada por gramáticos brasileiros. Os resultados revelam que tal variação realmente ocorre desde o período arcaico da língua portuguesa, então foi desde essa época que já se apontava o fato de que a variação haver/ter desencadearia nos dias atuais um processo de mudança linguística, ocorrendo, quiçá, uma implementação da forma inovadora num futuro próximo.
Palavras-chave: variação haver/ter; construções existenciais; português.
INTRODUÇÃO
De acordo com os estudos de alguns filólogos e linguistas historiadores da língua portuguesa, o verbo ter, tradicionalmente utilizado em estruturas de posse, ganhou o traço semântico de existencial, no decorrer da história da língua. Dessa forma, este verbo se difundiu em estruturas existenciais, entrando em concorrência com o haver, tradicionalmente existencial. Neste sentido, a variação haver/ter em estruturas existenciais pode