Letramento
“O princípio de uma vida de descobertas, de alternativas, de escolhas”
(...) A leitura de mundo precede a leitura da palavra, (...) a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo mas por uma certa forma de “escrevê-lo” ou de “reescrevê-lo”, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente. (Freire, 1989: 11 e 20)
Estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes situações. É ler e produzir textos para atender a diferentes propósitos. A criança alfabetizada compreende o sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever textos de circulação social que tratem de temáticas familiares ao aluno.
Este é o compromisso assumido pelo governo federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental. Ação denominada Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa (Pnaic).
Nos dias de hoje, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. Há alguns anos, não muito distantes, bastava que a pessoa soubesse assinar o nome, porque dela, só interessava o voto. Hoje, saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É preciso ser capaz de não apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.
Para ler um texto qualquer, é preciso que você domine a técnica de “decifrar” as letras e palavras — e isso depende de um aprendizado que, normalmente, acontece na escola: a alfabetização. Mas ser alfabetizado não é o mesmo que ser leitor. A leitura é o aprendizado de uma técnica, sim, mas é muito mais que isso. Ler é também uma prática social, um modo de estar no mundo. Quando lemos qualquer coisa, não estamos apenas