Leticia Canuto Resenha Os Passos Perdidos 2
Resenha do livro “Os Passos Perdidos” de Alejo Carpentier
Leticia Gomes Canuto DRE: 113152809
História da América Contemporânea
Profª.: Lise Sedrez
Rio de Janeiro - RJ
Novembro/2013
Alejo Carpentier nasceu em Cuba, na capital de Havana, em 1904. Filho de estrangeiros –seu pai era francês e sua mãe era russa– , ele iniciou sua carreira profissional como jornalista cultural depois de desistir de cursar arquitetura. Aos 24 anos, ficou preso por motivações políticas e escreveu “Ecué-Tamba-Ó” (publicado em 1933), seu primeiro romance, enquanto estava confinado. Ele conseguiu sair da prisão e se mudou para Paris, retornando à Cuba somente em 1939. Depois, viveu na Venezuela entre 1945 e 1959, se aventurando em expedições na selva várias vezes durante esse período. Por conta de sua ideologia de esquerda, Alejo regressa a Cuba quando a Revolução de Fidel Castro triunfa. Quando recebe a proposta para se tornar ministro conselheiro na Embaixada Cubana, Alejo volta a morar na França, onde fica até a sua morte em 1980. Um dos seus romances mais notáveis é o “O Reino deste Mundo” (publicado em 1949), em que conta uma história que mistura personagens reais e fictícios e que é ambientada em um momento preliminar da independência do Haiti. Foi durante o período em que vivia na Venezuela que Carpentier publicou “Os Passos Perdidos”, em 1953 por uma editora no México. A musicalidade que domina toda a escrita de Alejo e todo o enredo deste livro decorre da experiência do autor com música desde o seu âmbito familiar até em trabalhos profissionais. Já os passeios que o escritor fazia pelas florestas venezuelanas parecem ter servido de inspiração para o modo com que a natureza é minuciosamente descrita. Este e outros livros do autor com a mesma temática