Lesões reversíveis e irreversiveis
Na patologia clássica, as alterações morfológicas resultantes de lesão não letal às células são chamadas de degenerações ou simplesmente designadas lesões reversíveis. Dois padrões podem ser reconhecidos ao microscópio óptico: a tumefação celular e a metamorfose ou degeneração gordurosa .
A tumefação celular é a primeira manifestação de quase todas as formas de lesão às células. É uma alteração morfológica difícil de avaliar ao microscópio óptico. Ela pode ser mais aparente quando observamos o órgão inteiro. Quando esta patologia afeta todas as células de um órgão , causa alguma palidez, aumento do turgor e aumento do peso do orgão lesado.
Se a água continua a se acumular dentro das células , surgem pequenos vacúolos claros dentro do citoplasma. Este padrão de lesão não letal é às vezes chamado de "alteração hidrópica" ou "degeneração vacuolar". O crescimento das células é reversível.
As células dos túbulos renais constituem um bom exemplo de degeneração vacuolar visível microscópicamente.
Os termos esteatose ou metamorfose gordurosa descrevem acúmulos de triglicerídios dentro de células parenquimatosas. A metamorfose gordurosa é freqüentemente vista no fígado, uma vez que este é o principal órgão envolvido no metabolismo de gorduras,podendo também ocorrer no coração , músculos e rins. As causas da esteatose incluem as toxinas , subnutrição protéica , obesidade e anóxia.
As lesões celulares reversíveis podem levar à inchação da célula (edema celular) ou ao acúmulo de gordura (esteatose).
O edema intracelular ocorre quando a célula é incapaz de manter o seu equilíbrio iônico, ocorrendo entrada e acúmulo de sódio e água na célula. Ao microscópio ótico nota-se aumento do tamanho da célula, que geralmente torna-se arredondada e com citoplasma pálido, às vezes percebendo-se pequenos vacúolos. O núcleo mantém-se na sua posição normal. Ocorre princialmente nas células tubulares renais e nas células miocárdicas. Macroscopicamente o órgão