lesoes reversiveis e irreversiveis
Segundo FILHO (1998), as células e tecidos sofrem modificações moleculares causadas por agentes agressores, podendo muitas vezes resultar em alterações morfológicas. Nas células, no interstício e demais componentes teciduais são onde aparecem as lesões morfológicas; que podem ser reversíveis ou irreversíveis, dependendo do agressor, da intensidade e duração da agressão. As lesões podem ser identificadas por microscopia óptica, microscopia eletrônica ou a olho nu, de acordo com sua extensão e intensidade. Para FRANCO et al; (2010), o efeito de uma agressão pode romper o equilíbrio homeostático das células, estas podem se adaptar, sofrer um processo regressivo ou morrer. A alteração regressiva acontece quando a célula agredida tem sua função diminuída e seu metabolismo reduzido. Ao contrário, a alteração progressiva é quando a célula tem sua função aumentada devido à agressão, ela compreende os distúrbios do crescimento: hiperplasia, hipertrofia, regeneração, neoplasia e metaplasia. De acordo com FRANCO et al; (2010), as degenerações situam-se entre a célula normal e a morte celular. Devido a redução de função celular, ocorre o acúmulo de uma série de substâncias dentro e fora da célula que são produtos de um metabolismo perturbado. As lesões degenerativas são classificadas em: degeneração hidrópica, degenerações hialinas, degenerações mucóides, degenerações gordurosas (esteatose) e degenerações glicogênicas. As degenerações são classificadas como lesões reversíveis, porém constituem-se em grave dano celular. Segundo FILHO (1998), a degeneração hidrópica é a mais comum frente aos diversos tipos de agressão, é uma lesão reversível caracterizada pelo acúmulo de eletrólitos e água no interior da célula, aumentando o seu volume e tornando-a tumefeita. Macroscopicamente, o órgão com degeneração hidrópica apresenta aumento de volume e de peso, na superfície de corte as células são mais salientes e apresentam coloração pálida.