Lesões no ombro
O ombro é considerado uma articulação complexa, constituída por cinco articulações separadas: glenoumeral, esternoclavicular, acromioclavicular, coracoclavicular, e escapulotorácica. Cada uma dessas articulações possui amplitudes e movimentos específicos, sendo limitados por suas estruturas ósseas, ligamentares, capsulares, tendinosas e musculares.
A queixa de dor nos ombros é freqüente em inúmeras modalidades esportivas, principalmente no voleibol, Alguns estudos indicam que entre 40% e 50% dos jogadores profissionais de vôlei sofrem de dor no ombro. A dor pode ser gerada pela overuse, resultando em tendinites no MR e no tendão do bíceps braquial. A lesão inflamatória mais comum é a tendinite do manguito rotador. Isso se dá por causa da exigência do esporte, que obriga os atletas a uma carga excessiva de treinos. O motivo é que os atletas realizam uma rotação externa e interna do ombro no saque e na cortada por muitas vezes. A alta ocorrência de problemas no ombro de atletas do vôlei, pois todos os movimentos - saque, bloqueio, ataque, defesa – sobrecarregam o ombro, afetando e ultrapassando, algumas vezes, seu limite fisiológico. O resultado dessa sobrecarga de uso é o desenvolvimento de lesões que acometem geralmente os músculos e os tendões. Em geral, estão relacionadas a traumas que ocorrem como consequência do gesto esportivo, algumas vezes mal executado, e que agride e compromete os tendões.
O tratamento por meio de exercícios pliométrico (exercícios que recriam o tipo de contração excêntrico-concêntrica vivida durante atividades atléticas e são parte vital da reabilitação do ombro do atleta) é priorizado na grande maioria dos casos, sendo solicitado o tratamento cirúrgico apenas quando o primeiro for ineficiente. A reabilitação do ombro inicia-se com o uso de medicina analgésica e antiinflamatória para controle da dor e do processo inflamatório. Segue-se com exercícios passivos e para recuperação